quarta-feira, 6 de junho de 2018

The Man Who Would Be Polka King (2009) O Rei da Polca (2017)



Seria a picaretagem um talento a ser aperfeiçoado? Convenhamos, é preciso de algo a mais além da ingenuidade da pobre pessoa para engana-la e convencê-la a fazer o que você quiser. Seja o que for, algumas pessoas são boas nisso e se utilizam da forma que melhor as beneficie.

Jan Lewan era carismático em seus shows de polca que atingiam o publico de terceira idade que viram naquele homem de origem Polonesa um amigo em que podiam confiar. Confiar a ponto de investirem dinheiro nele em ações fraudadas. Dinheiro que ele usou para expandir seus negócios, tanto na sua banda que excursionou, quanto numa lojinha de lembranças, até uma agencia de turismo na Europa.  Jan fazia parecer ser um esquema perfeito para seus clientes velhinhos, que dependiam do pouco dinheiro da aposentadoria, mas que traria problemas para todos.

Se jan Lewan é um picareta ele tem talento para isso. Mas também é uma pessoa carismática pelos depoimentos que vemos dele em vídeo. Sempre sorrindo, de boas palavras e tratando as pessoas bem. Será que ele tinha boas intenções, uma ambição boa, mas usou os caminhos errados? De qualquer forma é uma pessoa que eu adoraria sentar para conversar. Ou talvez eu esteja caindo no esquema dele, quem sabe?


O fato é que sua história maluca é daquelas que muitos falariam “isso daria um filme”. E de fato gerou duas interessantes obras que estão disponíveis na Netflix: The Man Who Would be Polka King (2009) e O Rei da Polca (2017).


O primeiro é um documentário que vai direto ao ponto sobre os casos que levaram Jan virar a figura infame que é. Se utilizando de imagens de arquivo e depoimentos de forma equilibrada e fluida, ele deixa o interesse de quem assiste em alta colocando informação atrás de informação de uma historia que vai ficando cada vez mais absurda, incluída uma visita com o Papa.

Um grande ponto a favor é os depoimentos que o documentário nos mostra, seja do próprio Jan, quanto de membros da sua banda, sua esposa, filho, pessoas envolvidas no caso e até vitimas do seu esquema. Todas falando francamente sobre o que aconteceu e mostrando seus pontos de vista. Pode não ser o documentário mais parcial do mundo, mas isso é um bom, pois nos mostra diferentes perspectivas da mesma situação.





O Rei da Polca é um filme original da Netflix com astros como Jake Black como Jan Lewan, Jenny Slate como sua esposa e Jason Schwartzman como Mickey Pizzazz, personagem criado para o filme que é a junção de algumas pessoas que trabalharam para Jan em sua banda.

Se mantendo bem fiel aos fatos, o filme se utiliza de dois fatores combinados que se sustentam muito bem: o carisma dos atores e o absurdo da realidade da situação e as pessoas envolvidas.

A comedia flui naturalmente assim, muitas vezes pelo absurdo e tragédia da situação. Sem ficar bobão ou ser apelativo gratuitamente.

Inclusive é incrível ver imagens de arquivo de acontecimentos que se passam no filme e comparar eles, alguns aparecem durantes os créditos finais.

O fato que nenhuma das obras faz um julgamento sobre o personagem principal, deixando isso para a plateia decidir, um bom programa duplo para se fazer numa noite e talvez ficar com vontade de ir num show de polca.  





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