terça-feira, 3 de novembro de 2015

5 motivos para assistir Zombio 2




1 – É um filme do rei da gorechanchada: Petter Baiestorf

Petter Baiestorf talvez seja um dos realizadores de filmes de baixo orçamento e independentes mais conhecidos e renomados desse país e fora dele. Seus filmes, até mesmo os primeiros e mais “tosquinhos” como O Monstro Legume do Espaço e o primeiro Zombio, já mostravam que o cara tinha olho e talento pra coisa.

Agora, trabalhando com um orçamento um pouco melhor , e com mais experiência adquirida com os anos, ele nos mostra que tem lenha pra queimar ainda. 

Com sua direção dinâmica e objetiva, podemos ver um cara que sabe usar o bom humor em favor de criar situações exageradamente gratuitas, mas que dentro do contexto do filme funcionam muito bem.

2- É um filme brasileiro de zumbis, cara, zumbis!

Cansado de The Walking Dead e os outros milhões de filmes e seriados gringos de zumbis que parecem todos iguais? Acha que o Brasil nunca produziu nada do gênero?

Ora,  já foi realizado varias obras nacionais com esse tema, e essa daqui é uma das melhores.

Alias, uma curiosidade: ele é a sequencia do que é considerado o primeiro filme de zumbis nacional, o cultuado primeiro Zombio

3 – É o filme perfeito pra ver com os amigos

Cheio de momentos de pura diversão,  é um filme perfeito para ver com os amigos e morrer de rir em algum dos momentos mais absurdos já vistos no cinema nacional.

4 – É cheio de gore

Filme de zumbi precisa de tripas e muito sangue né? E aqui ta cheio disso, como toda produção do gênero pede e que infelizmente não ganhamos sempre.

Chega de filmes de zumbi de mariquinha com sangue de computador e mortes off-screen, aqui temos a coisa de verdade.

5 – E putaria também

É cheio de nudez feminina e masculina, do jeito que o povo gosta


Ta esperando o que pra assistir?

Verdades, mentiras e curiosidades sobre o cinema trash

O que é um filme trash? Basicamente é um filme de baixo orçamento cheio de erros técnicos, atuações ruins, e furos no roteiro, seja isso causado propositalmente ou não.

 O trash como gênero

Muitas pessoas costumam designar um filme como trash tentando classificar ele como um gênero. Na verdade ele estaria mais como uma estética e abordagem do que como um gênero.  Seria mais uma linguagem visual, comportamental  e ideológica dentro do filme.

Vejamos bem, você pode fazer um faroeste com jeito trash, um romance, um terror, uma comedia, qualquer gênero pode se aventurar por essa abordagem.

Isso se deve a liberdade autoral que essa forma de fazer cinema propõe, fazendo que até o gênero que ele esta preso tenha mais possibilidades de sair fora do meio-comum.

Trash só vale pra filme de terror

Uma pequena volta no tempo: Nos anos 90 o Zé do Caixão apresentou um programa na Band chamado Cine Trash, onde exibia vários filmes de terror. Pela fama do programa, muitos dos filmes exibidos e a própria obra do Mojica acabou erroneamente ganhando esse termo.

Como eu disse anteriormente, por não se limitar a um gênero, o trash não necessariamente esta preso a o cinema de horror.  E muito menos ao terror de baixo orçamento.

É um fato de que ele ficou famoso no terror, mas muitos clássicos que hoje são considerados trash não partem desse gênero. Um exemplo é Glen ou Glenda do famoso Ed Wood, um quase documentário sobre travestis que de terror não tem nada. Ou até mesmo os filmes da Troma que desconstroem o cinema de gênero, como os filmes de super heróis no mega clássico O Vingador Toxico.

Outro caso famoso é o filme The Room que supostamente deveria ser um drama e acabou virando uma ótima comedia.

 É barato? Só pode ser trash

Orçamento é importante para realizar uma produção, mas também não é tudo. Muitas vezes alem da grana é preciso ter idéias boas e saber como realizá-las.

Porém, nem sempre disso um filme se sustenta. É notável em muitas obras que sobrou boa vontade e falto verba, fazendo com que ele vire o famoso trash acidental, que não tinha o objetivo de ficar daquele jeito.

E muitas vezes o contrario acontece, possuímos um bom orçamento, mas a falta de boa execução acaba fazendo com que o longa se torne uma obra dolorosa de assistir.

Muitas pessoas costumam achar que todo filme barato é trash, um erro absurdo levando em conta que muitos filmes baratos não podem ser classificados dessa forma. Por exemplo, Jogos Mortais é um filme relativamente barato, com efeitos práticos e que nunca poderia ser classificado como trash, devido a ser uma obra redondinha e bem executada tecnicamente.

Alias, existem muitos filmes de orçamento gordo que tem um pé fincado nessa abordagem. Ou tentam passar a idéia de que estão vinculados a isso. Os filmes do Robert Rodriguez são um exemplo clássico disso.


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Discografia comentada: Exodus

Poucas coisas na vida são mais violentas e intensas do que ouvir em alto volume Exodus. Seja ele nos álbuns ou nos inesquecíveis shows do grupo. Banda que foi injustamente deixada de lado por muito tempo pela grande mídia e fãs da musica pesada, sendo ofuscado por outros medalhões do gênero (alguns até manjados). Mas que felizmente durante esses anos tem conquistado seu espaço na cena. 

Marcando seu nome eternamente nos corações de quem gosta de thrash metal e mostrando que a luta e trabalho duro acima de qualquer adversidade valem a pena, e olha que a banda, pioneira do estilo, já passou por cada problema.

Lembrando que é sempre bom exaltar a importância do guitarrista Gary Holt. Dono de uma técnica e felling incríveis, ele é um verdadeiro arquiteto na arte de criar musica pesada. Único membro presente em todas as formações do grupo, ele manteve firme a banda durante todos os anos e finalmente esta recebendo o merecido reconhecimento de ser um dos melhores guitarristas do metal. 
Ah, ele esta tocando no Slayer  também, substituindo o falecido Jeff Hanneman.

Podemos dizer que hoje em dia a banda vive seus melhores momentos, porém nem sempre foi assim. Mesmo com a qualidade absurda de muitos dos seus álbuns, vamos a eles:

P.S: Vou apenas falar dos álbuns de estúdio;

Bonded By Blood - 1985

Algumas bandas precisam de uma carreira inteira para se firmar na cena, criarem um clássico ou conquistarem uma legião de fãs. Algumas bandas precisam apenas de um álbum, mas precisamente um álbum de estréia. E esse é o caso aqui.

Com musicas que exaltam o metal como estilo de vida, como a faixa titulo e Metal Command. E a mais pura violência e agressividade, algo que pode parecer ingênuo hoje em dia, mas que possui seu charme, afinal, para época o lema “Kill the posers”, gritando em alto som nos shows do grupo, fazia muito sentido.

E não é só na parte lírica que esse disco é extremo, musicalmente ele é um verdadeiro soco na cara, onde o único momento leve é a abertura da faixa No Love. Sabe aqueles álbuns que você coloca no aparelho de som e tem vontade de sair num mosh e tudo mais? Então..

Talvez o disco mais conhecido da banda, foi tocado na integra muitas vezes e é celebrado por fãs e músicos em geral como um dos melhores do estilo. Eu mesmo tenho uma relação especial com ele, já que foi o primeiro da banda que eu ouvi e um dos primeiros álbuns de thrash metal que tive em mãos, me levando para esse caminho sem volta.

Para ter uma noção boa da qualidade assustadora desse registro, darei um exemplo de uma situação que pode acontecer: Se uma pessoa não conhece nada, ou muito pouco desse estilo chamado thrash metal e quer começar por algum lugar, mostre esse álbum, vai na minha que a pessoa na certa vai começar a ver o estilo com outros olhos.

Vale lembrar que ele foi regravado e lançado em 2008, com o nome Let There Be Blood, contendo a formação da época. O resultado ficou muito bom ,mas longe de ser algo memorável e original como o clássico

Esse foi o único álbum de estúdio com o lendário e hoje já falecido vocalista Paul Barloff, no seguinte ele seria substituto pelo Ex-Legacy (atual Testament) Steve “Zetro” Souza, devido aos seus problemas com bebidas e outras substancias.
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Pleasures Of The Flesh- 1887

E por falar em Zetro Souza, esse foi o primeiro registro lançado por ele nos vocais. Algo que desagradou (e infelizmente continua desagradando) muitos fãs, principalmente aqueles que seguiam Paul Barloff, que era realmente um monstro ao vivo.

Porém, Zetro é um cara legal, sua voz combina com o estilo, o repertorio aqui é condizente com a qualidade do grupo, com musicas mostrando que a banda estava afiada. Então, como esse registro é tão esquecido? Ou melhor, é tão subestimado?

Qualidade não falta aqui, inclusive com musicas que podem facilmente entrar no setlist da banda a qualquer momento, sendo verdadeiras porradas e uma resposta na forma de chutes na bunda para as pessoas que pensavam que a banda iriam amaciar o som.

 Musicas como a faixa titulo,  Brain Dead e Seeds Of Hate são destaque, todas elas com ótimos riffs e andamentos, mostrando inclusive um apuro técnico maior que do álbum de estreia.

Talvez não tenha o mesmo impacto do registro de estréia,inclusive para a  critica e para o publico, que na época de lançamento deixou ele um pouco de lado, sem contar a péssima distribuição que recebeu, fazendo que ele vendesse muito abaixo do esperado.

Mas no geral, ele esta com o tempo recebendo o valor que merece. Se você costuma deixar ele de lado, considerando como um álbum menor da fase clássica do grupo, dê uma segunda chance a ele, garanto que pode se surpreender.

Fabulous Disaster- 1989

Nessa época o thrash metal estava vivendo uma mudança drástica. Suas bandas ou migravam para um som mais cadenciado, puxado para o heavy tradicional, ou se tornavam mais extremas. Podemos dizer que o Exodus ficou no meio termo.

As melodias fáceis e pegajosas, seja nos instrumentais ou nas linhas vocais estão mais presentes do que nunca aqui. Achou estranho eu dizer isso num álbum de thrash metal? Pois é, mas não pense que a pancadaria sonora foi deixada de lado, a banda continua mais nervosa do que nunca.

Só que dessa vez a técnica apurada pelos anos tocando foi usado em prol de duas coisas: criar musica extrema e bem feita, técnica e ao mesmo tempo de fácil assimilação. Mesmo as faixas mais longas como Like Father, Like Son , possuem essas características, e eu te digo uma coisa meu amigo, isso não é pra qualquer um.

A verdade é que a banda estava deixado seu lado mais ingênuo (e às vezes dito “tosco”) de lado. Incluindo nas letras, se focando mais em política e problemas sociais.

Talvez pelo excesso de melodia, muitas pessoas desgostem desse álbum, tachando que a banda estava começando a mudar para atrair o mercado. Bobagem, a verdade é que o Exodus estava amadurecendo.  

Além de clássicos como a faixa titulo, Corruption e The Last Act of Defiance. O disco tem um dos maiores hits da historia da banda, sendo tocado em praticamente todos os shows. Estou falando é claro de The Toxic Waltz.

Impact is Imminent- 1990

                                         
E eles entram na década de 90 tirando o pé do acelerador, mas não deixando o  heavy de lado. É isso que podemos ver nesse registro: musicas mais cadenciadas, porem com um peso incrível e aquela velha agressividade de sempre, dessa vez de certa forma mais condensada. 

Contando com uma produção ótima pra época, que deixou os riffs bem encorpados, temos aqui como no registro anterior musicas longas e complexas, talvez até longas e complexas demais.  Um verdadeiro tiro no pé pra época, pois aqui temos um registro totalmente não comercial, indo de contramão ao que estava começando a se instalar no meio musical do heavy e thrash metal.

Porém, mesmo com tudo, ainda tenho problemas com esse registro, vou tentar explicar:

Apesar de sua qualidade e de possuir seus destaques, falta algo que o álbum anterior fazia com maestria, que era juntar a técnica e a complexidade das musicas com a melodia e a dinâmica, fazendo com que elas sejam pegajosas e não enjoem. É louvável que a banda tenha tido coragem de continuar tocando o som pesado e agressivo, porem, antes esse som tinha um lado que fazia entrar fácil na cabeça, mesmo dentro de toda violência sonora.

Ainda é um bom álbum e bastante extremo, talvez contendo algumas das passagens mais violentas e pesadas do Exodus até o momento, porem, só isso não é suficiente para que ele esteja acima do nível, como foram os anteriores a ele.

Sei que muita gente o adora e isso é compreensível, eu mesmo gosto bastante de algumas faixas dele. Porem, não se pode negar que a banda estava entrando em um momento bem estranho da sua carreira.


Force Of Habit- 1992

Algo aconteceu para o mundo da musica pesada, e por que não, da musica mundial em 1991. E isso é o auto-intitulado quinto álbum do Metallica, o popular álbum negro. Além de ter sido um sucesso comercial incrível até hoje. Podemos dizer que esse registro mudou a carreira não só do Metallica, que foram dos reis do undeground thrash para encherem arenas e irem deixando o som cada vez mais “pop”. Mas de todas as bandas da leva que tentaram emular não apenas o som tirado nesse álbum, mas o seu sucesso de vendas.

É claro que muitas bandas não ligaram pra isso e continuaram até mais extremas do que antes, caso do Slayer que mantém uma integridade musical impar. O Exodos parecia que iria seguir o mesmo caminho, mas não foi  exatamente isso que aconteceu.

Porém, das bandas que tentaram repetir o sucesso do Metallica, dentro os registros que tivemos na 
época, podemos separar em dois grupos: aqueles que falharam ao amaciar o som. E aqueles que mesmo com as mudanças , conseguiram fazer algo digno .

Onde o Exodus estava nesse momento? Bem ,infelizmente podemos dizer que eles entraram na onda de gravar algo que a gravadora  propunha ser mais acessível as rádios, Mtv e ao publico em geral. Como disse certa vez Gary Holt: “foi o primeiro álbum que não fiz o que eu exatamente queria”
Felizmente, a banda entrou no grupo que conseguiu fazer algo digno, ou pelo menos chegou perto. 

Mesmo que seja diferente, e que de certa forma falte um pouco da personalidade da banda, não podemos dizer que esse álbum seja totalmente ruim. Os riffs e peso ainda estão lá, só que dessa vez de uma forma diferente.

Conheço muita gente que detesta esse álbum mesmo sem ter ouvido ele antes, apenas pela sua má fama. Meu amigo, dê mais uma chance para ele, você pode até não gostar, mas é bem melhor não gostar de algo sabendo o porque e conhecendo ele, do que não gostar apenas porque ouviu na internet meia dúzia de pessoas falando mal.

Tempo Of The Damned- 2004

Como podemos ver os anos 90 não foram dos mais favoráveis a banda, o que podemos destacar nessa época foi o retorno do vocalista original que registrou um ótimo álbum aovivo. O  Another Lesson In Violence. Fora isso, o grupo estava praticamente morto.

Após um bom tempo sem lançar nada de estudio, o Exodus volta com tudo, com aquele que pra mim é seu registro mais forte dos últimos anos, um álbum tão incrível que consegue bater de frente fácil com qualquer disco gravado por eles nos anos 80 e por qualquer outra banda.

Não é errado dizer que esse é um verdadeiro clássico do começo dos anos 2000. Mostrando que a banda ainda estava viva, e que principalmente, o verdadeiro thrash metal estava vivo. Vale lembrar que estávamos num momento que o revival do estilo estava começando, com bandas novas e antigas lançando trabalhos dignos de nota.

Estamos falando do incrível Tempo Of The Damned, de onde saíram clássicos e que espero que nunca saiam do setlist da banda como Blacklist e War Is My Shepherd. Essas duas costumam ser as mais lembradas, porém o registro todo é acima da média, com musicas como Throwing Down, Scar Spangled Banner e Foward March.

Podemos ver aqui que a banda voltou a formula que deu certo em Fabulous Disaster. Porém, com uma abordagem atual para época e que continua atual até hoje (não foi tanto tempo assim, mas 2004 às vezes parecem que foram a milhões de anos atrás).

Parece que finalmente depois de dois registros regulares, e de muitos anos depois, eles perceberam o som que agradava tanto a critica quando o publico , além de ainda se manterem fieis ao que eles realmente eram. Não era difícil pegar uma publicação da época, e ver muitos elogios a Tempo, elogios merecidos, além de continuar sendo até hoje um álbum bem aceito e amado pelos fãs novos e de longa data.

Shovel Headed Kill Machine- 2005

Aqui temos o primeiro registro com um novo vocalista: Rob Dukes, um cara que dividiu e continua dividindo opiniões sobre seu trabalho na banda. Principalmente entre os fãs mais antigos, que não curtiram muito o estilo mais hardcore/Phil Anselmo que ele tinha. Isso foi mudando com os anos, com ele se adaptando melhor ao som da banda.

Vi dois shows com Dukes a frente dos vocais, e posso dizer que apesar dos vocais serem discutíveis, ele sabia como fazer o publico ficar doido,, dando uma agressividade muito bem vinda as musicas e incentivando o mosh a todo momento, um verdadeiro frontman para uma verdadeira banda do estilo.

O que podemos ver nesse disco é uma continuação natural do anterior, porém sem o mesmo 
charme, ainda que mantenha uma qualidade boa. Mas isso deve ser porque considero o Tempo ..um registro acima de média para qualquer banda, ou seja, tenho um caso especial com ele.

As musicas continuam longas, técnicas e bem construídas, porem, a favor das canções. Algo que eu sempre volto a dizer: Exodus é uma das bandas que melhor consegue fazer isso. Junto com Testament, Megadeth, Kreator  e Artillery.

Podemos dizer que com a entrada do novo vocalista, e do seu estilo vocal, temos um álbum até mais extremo que o anterior.  Com passagens de pura porrada, que aliadas a técnica da banda, formam aquela massa sonora que todos adoramos no Exodus.

No geral, temos um bom álbum, amado por alguns e injustamente esquecido por muitos . Parece que a banda ainda podia mostrar algo melhor, mesmo que esse registro tenha seus ótimos momentos, não é dos que grudam na primeira ouvida, mas vale a conferida.

 The Atrocity Exhibition: Exhibit A- 2007

Se o disco anterior dividiu opiniões, não exatamente pela qualidade das musicas, mas pelo vocal. Nesse o saldo positivo de critica e publico foi bem maior. Com as pessoas aceitando melhor o trabalho do vocalista Rob Dukes que aqui ainda estava com seus berros, mas dessa vez melhor encaixados nas musicas. Além de que estava bem mais entrosado com a banda nos shows, inclusive nas musicas não gravadas originalmente por ele

Podemos ver aqui uma banda mais segura de si, mostrando composições fortes, e sinceramente, melhores que do registro anterior.Novamente a banda acerta a mão, ao apostar numa volta ao passado, mas com uma pegada atual no meio.

Com isso, podemos perceber que eles pegaram o que deu certo no álbum anterior e focaram nisso. Ou seja, musicas pesadas, técnicas, agressivas, com uma abordagem atual, mas que você escuta e pensa logo de cara: isso é exodus dos anos 2000.

Podemos ver aqui faixas com um tom épico e grandioso, como na faixa titulo e no maior sucesso do álbum, a musica Children Of A Worthless God. Uma musica tão boa que merece fincar no hall de clássicos do grupo e que é sempre muito bem vinda nas apresentações ao vivo. Podemos notar também que aqui temos as musicas mais longas da banda.

Exhibit B: The Human Condition- 2010

Deixando de lado o tom mais épico do álbum anterior, e partindo para algo mais direto, como um retorno as origens que o álbum Tempo.. já  propunha.  Exhibit B talvez seja o álbum com Dukes com mais cara do Exodus antigo. Isso se deve as musicas que estão com uma pegada de thrash 80’s extrema. Só que com uma produção ótima. Alias, elogiar a produção dos álbuns do Exodus do Tempo pra cá é chover no molhado, contando geralmente com o ótimo Andy Sneap encarregado desse trabalho.

Saudosismos baratos de lado, para uma banda como essa, isso não é algo negativo. Claro, é sempre preciso olhar para frente, mas manter um pé na atualidade, e outro pé respeitando o que fez no passado, pode ser algo muito favorável para certas bandas.
A segurança que a banda tinha  ganhado no registro anterior continuou aqui, ainda maior para falar a verdade. Pois aqui, mesmo que o grupo esteja com o jogo ganho, eles ainda se preocuparam em lançar musicas de alta qualidade. Não é difícil pra mim considerar esse o meu registro favorito com o Rob Dukes.

O resultado no geral é uma banda que estava crescendo de qualidade a cada novo registro, essa formação do Exodus parecia que iria durar até o fim da banda, não foi bem isso que aconteceu...


Blood In, Blood Out- 2014

E chegamos a o ultimo álbum de estúdio do Exodus, lançado no ano passado, ele marca o retorno (muito bem vindo) do antigo vocalista Steve “Zetro” Souza, que estava indo bem na sua banda Hatriot, mas para felicidade dos fãs da sua fase no Exodus, finalmente assumiu novamente os vocais.
Todo respeito a Rob Dukes , é claro, o trabalho dele no Exodus, principalmente sua insanidade no palco será sempre lembrado.

Agora voltando a o álbum, nota-se durante varias passagens uma banda mais descompromissada, apenas tocando o que gostam , não pensando se algumas faixas podem virar clássicos no futuro, mas na qualidade que elas tem sendo ouvidas hoje em dia.

Isso significa que as musicas são ruins? Não mesmo, deixe eu explicar: Bandas como Exodus  não precisam se esforçar para ficar na media alta ou positiva, eles simplesmente lançam seu material e já esperamos a qualidade sonora de sempre.  Aqui não temos uma banda desesperada em mostrar o que sabem fazer, eles apenas fazem, e visto as circunstâncias do lançamento do álbum, temos uma banda novamente bem firme em sua proposta.

Talvez inspirados pela volta do Zetro, esse álbum lembra o Tempo Of The Damned em um sentido: é mais uma volta da banda a o som de origem, mas com uma pegada atual, algo que já estava acontecendo no álbum anterior.

Um fator que pode ter decepcionado muita gente são os vocais, e isso é fácil de entender. Muita gente que prefere o Dukes vai estranhar de começo o vocal mais “Pato Donald” do Zetro, porem, eu mesmo demorei a me acostumar com o vocal do Dukes quando comecei a ouvir a banda com ele, então...




Como podem ver é uma discografia bastante respeitável e consistente, além desses álbuns de estúdio o Exodus tem alguns ao vivo, vale a pena destacar um: Another Lesson In Violence, marcando o retorno de Paul Barloff aos vocais por um curto período de tempo. 



quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Nem Vamos Tocar Nesse Assunto




Lançado no inicio de julho, o segundo e novo álbum da banda Gentileza, chamado Nem Vamos Tocar nesse assunto  é uma boa surpresa e tem tudo para cair nas graças de quem o ouvir.

Essa é uma boa pedida para quem gosta de um bom som, seja ele rock, indie, pop ou folk. Chame como quiser, aqui temos um álbum com arranjos interessantíssimos e um toque deliciosamente nacionalista durante toda a audição.  Fazendo um som original que fugindo do lugar comum e não utilizando clichês tradicionais do gênero nos trás uma audição extremamente agradável.

Com um som propositalmente rústico, áspero e totalmente natural em sua proposta. O grupo não deixa a leveza e melodia ser deixado de lado junto de toda a massa sonora de instrumentos e vocalizações.

O álbum a se aproveita de varias camadas de vocais em algumas faixas, com coros bem encaixados, lembrando até marchinhas de carnaval. Juntos da voz principal formam um elemento poderoso aliada ao instrumental encorpado fazendo a banda nos mostrar toda sua desenvoltura 

O que podemos ouvir aqui é uma ótima produção que deixou tudo no seu devido lugar. Fazendo com que todos os instrumentos e vocais sejam jogados bem altos e rigorosos na sua cara. Mas sem deixar que vire uma bagunça sonora, daquelas que se utilizam da barulheira sem sentido para disfarçar a má qualidade da produção e das musicas. Tudo aqui pode ser ouvido perfeitamente, cada pequeno momento pode ser tranquilamente absorvido pelo ouvinte. O som é pesado em certo sentido, pesado, melódico, e muito bem produzido.

Em faixas que muitas vezes tratam de forma natural, humorada, auto-critica e amargamente sarcástica os relacionamentos atuais, sejam eles físicos ou emocionais, amorosos ou não. A parte lírica do álbum pode ser facilmente associável para qualquer pessoa, mesmo que estejam distantes das historias curiosas aqui contadas.

Sem medo de navegar na mais pura experimentação, mas mesmo assim, mantendo uma suavidade e apelo popular, Nem Vamos Tocar Nesse Assunto consegue ser musica pop de qualidade.

 Nada de falsas pretensões ou malabarismos técnicos que não levam a lugar nenhum e apenas servem para mostrar o ego dos músicos. Toda a técnica aqui é posta a favor dos arranjos das canções, tudo aqui é colocado no seu devido lugar, na hora certa. Sem masturbações musicais, a banda sabe como colocar uma melodia na sua cabeça se aproveitando dos recursos que tem.

E nada também de popularismo medíocre e barato, daqueles que entopem nossos ouvidos todos os dias, feitos exclusivamente para vender como carnes no açougue. A musica é sim feita para agradar facilmente. Mesmo que isso estranhamente ocorra por meio de melodias que feitas por qualquer outro pareceriam desconexas, mas aqui estão envoltas de um apelo pop no sentido positivo da coisa. Mostrando que pode  fazer musica sofisticada sem ser chato, e ser popular sem ser burro.

Recomendo 


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O preconceito com o cinema de gênero

Você com certeza conhece alguém que paga de culto e tenta ostentar um ar de superioridade intelectual apenas por digerir obras  menos acessíveis ao entendimento do grande publico. Pessoas de nariz empinado que desprezam não apenas produtos de fácil digestão e de vendagem fácil, mas as pessoas que são alvo e consomem eles.

Isso acontece sempre, inclusive para o publico que cultiva o apreço por cinema. É normal ver pessoas esnobando outras apenas pelo seu gosto. Gente que assiste Goddard , Herzog ou Glauber Rocha depreciando quem gosta de um puro cinema comercial ou o blockbuster da semana.  Dois argumentos que pessoas assim sempre usam são: “ela não entende de cinema” e “ela não gosta realmente de cinema, senão não assistiria tanta produção pobre”

Sobre não entender de algo, isso é totalmente relativo. Eu não entendo nada de futebol , mas não me sinto superior e nem inferior a um fanático pelo esporte por exemplo. Porem, pode se disser, por exemplo, que eu entendo muito sobre filmes de horror, nem por isso me sinto superior a alguém que entende menos.

É certo de que com o gosto por algo, sua vontade de conhecer mais sobre tal assunto cresce. Quem gosta de cinema (ou outra arte em geral, como a musica) tem uma certa curiosidade natural de sempre querer descobrir algo novo, ou redescobrir aquela perola escondida no passado.  Porem, nem todas as pessoas têm paciência e são obrigadas a isso.

Muita gente gosta de ficar no seu lugar comum e se sente bem nele, e isso não esta errado. Assim como muita gente não dá chances para filmes comerciais e se sente bem assim. Cada pessoa deve seguir o que acredita. Porem, é sempre bom dar uma chance para coisas diferentes. Não gostou após experimentar algo novo? Quer continuar com o que curtia antes? Ótimo , a vida continua mesmo assim.

Uma grande besteira achar que a pessoa que não tem o gosto parecido ou não tem paciência para assistir um filme mais “cabeça” não tem a mesma paixão pela coisa que você. São apenas gostos e pontos de vista diferentes sobre um universo tão vasto que esta sempre dando frutos dos mais diferentes estilos para os mais diferentes públicos.

Reflita um pouco comigo, muitas das pessoas elitistas não entendem nem metade do que o diretor quer disser em seu filme, mas fingem um falso entendimento apenas para se sair bem na roda de amigos intelectuais.


Uma das coisas que muita gente não percebe, é que filmes cultos ou cabeça se utilizam de elementos do cinema de gênero para compor seu trabalho final.

A verdade que por mais que tentem colocar um murro e separar o cinema erroneamente chamado de inteligente daquele chamado de burro, pobre, de gênero. Eles estão mais ligados do que você pensa, pois ambos se utilizam um do outro a toda hora.

Falaremos agora sobre três grandes gênios que transitam facilmente entre o inteligente, o popular, o culto e o comercial.

Alfred Hithcock foi um dos primeiros diretores famosos a ser reconhecido como um artista autoral. Porem, seu filmes, por mais inteligentes que sejam. São filmes de gênero. Não acredita? Ele fazia na maioria suspenses como algum toque de humor e romance. Isso não são elementos dos filmes de gênero?



Um dos maiores diretores de todos os tempos foi Stanley Kubrick. Ele foi certamente uma das maiores provas de que se podia fazer cinema autoral e de gênero ao mesmo tempo. Seus filmes transitavam por vários estilos e linguagens, mas, possuíam uma assinatura própria e extremamente reconhecível.

Duvida? De uma olhada em alguns dos seus sucessos: O Iluminado, 2001, Laranja Mecânica, Nascido para Matar. Todos são filmes que dão um passo alem em simplesmente entregar um produto facilmente mastigável, mas não deixam de ser reconhecíveis como aquilo que se propõem a ser, uma ficção, um filme de terror, de guerra, etc.




Um exemplo mais atual é o inglês Edgar Wright, um dos diretores com marca própria que vale a pena acompanhar de perto e é a prova vida de que se podem fazer filmes comerciais sem o estigma negativo que esse termo pegou hoje em dia. Suas obras são facilmente vendáveis para o publico, mas ainda assim podemos ver que por trás deles esta uma pessoa de idéias e estilo fortes.  Assista a trinca Todo Mundo Quase Morto, Chumbo Grosso e Heróis de Ressaca , a chamada trilogia do corneto e descubra como ele desconstrói aquilo que as pessoas esperam desses filmes.

Lógico que não quero comparar Edgar Wright com Stanley Kubrick ou Hitchcock. Os filmes de Wright não possuem toda profundidade das obras de Kubrick ou a malicia de Hitch, que iam alem do gênero em que o filme estava preso e faziam o espectador pensar sobre ele por horas. Porem, Wright serve como exemplo perfeito de que é possível fazer um cinema pipoca sem tratar o telespectador como burro.




Por isso, não se sinta superior por entender as nuances do filme do Ingmar Bergman, e nem se sinta culpado por curtir o ultimo sucesso da Marvel.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

10 clássicos filmes de zumbi NÃO dirigidos pelo Romero






Todo fã de filmes de zumbi deveria ter um altar em louvor ao mestre George A. Romero numa parede de sua casa. Criador do subgênero com o clássico A noite dos Mortos Vivos de 1968, um filme que literalmente mudou o gênero de terror.

Porem, todos já sabem a importância e qualidade dos clássicos dirigidos pelo velhinho. O objetivo da pequena lista é listar filmes clássicos de zumbis que ele não dirigiu, mas que mesmo assim, conseguem bater de frente com os maiores clássicos feitos por ele.

Vamos a lista:

Mangue Negro
Pra começar a lista, temos esse ótimo filme nacional (é, Brasil também faz filme de terror viu). Com personagens cativantes, um bom gore e um clima único. O diretor Rodrigo Aragão conseguiu realizar um filme pra ficar marcado na historia do cinema de gênero nacional.


 Todo mundo quase morto
Já foi falado sobre esse filme aqui no blog, mas especificamente no seu primeiro de poucos posts. Mas não custa repetir que esse é uma das melhores combinações de terror sangrento e claustrofobia com uma boa comedia inglesa. Dirigido pelo ótimo Edgar Wright, o mesmo que quase fez o Homem Formiga da Marvel


 Fido
Mais uma comedia com zumbis. A diferença que temos aqui um filme bem família, quase que uma sessão da tarde com mortos vivos. Mas não se engane, mesmo o filme sendo suave no tom fazendo  experiência de assistir ser bem leve, a critica social esta presente , mesmo escondida no clima escachado da obra.

Wild Zero
Zumbis, sexo e rock n roll. Realizado no Japão, temos aqui uma das grandes surpresas dos últimos anos em se tratando de zumbis. E também um dos filmes mais malucos e coloridos feitos no subgênero. Pegue sua guitarra, uma katana e assista!

A noite do terror cego
Agora falaremos de um cult espanhol. O primeiro de quatro filmes sobre terríveis zumbis templários cegos. O longa possui algumas das cenas mais bonitas feitas no gênero. Graças as belas locações e pela direção certeira de Amando de Ossorio.

Não se deve profanar o sono dos mortos
Também chamado de Zumbi 3 na época do VHS. Essa pequena perola pode não ser tão conhecida fora do circuito de  quem realmente corre atrás de euroterror. Mas garanto que vale a pena dar uma conferida, nem que seja pela ótima cinematografia, o clima de tensão e alguns dos zumbis mais fortes já vistos.

 Re-Animator
Baseado livremente num conto do mestre H.P Lovecraft. Temos aqui, na direção de Stuart Gordon, um dos primeiros filmes splatter dos anos 80. Com muito gore, atuações canastras, mas memoráveis e um clima de humor certeiro. Assista e descubra porque ele é um dos filmes favoritos de muita gente.

A noite dos Arrepios
Mais uma perola dos anos 80. Numa ótima mistura de ficção cientifica, humor e terror.  Pena que o filme seja um pouco esquecido, mas garanto que vale a pena dar uma conferida. Uma coisa legal nele é ficar caçando as referencias a outros filmes,inclusive no nome de alguns personagens. Com um tom ótimo de auto parodia. Recomendo.


 A noite do Terror
Confesso que esse esta aqui mais pela brincadeira. Afinal,  essa perola italiana sobre zumbis é terrível. Mas de tão ruim que é, acaba se tornando um filme muito divertido. Sem contar  que possui uma das crianças incestuosas mais estranhas que o cinema já viu (interpretado por um anão). Com direito a uma cena bizarra envolvendo sua mãe e uma mordida nos seios dela..


Zombie 
Pra fechar a lista, o meu favorito. Levemente inspirado pelo clássico Despertar dos Mortos do Romero. Aqui, o maestro italiano Lucio Fulci ( do otimo Terror nas Trevas) realizou uma obra prima do gore. Um filme sangrento e que cheira a zumbis podres. Como aquele que sai da tumba lentamente numa das melhores cenas do longa. E onde mais iríamos ver um zumbi lutando contra um tubarão? Esses italianos malucos e seus clássicos...





sábado, 1 de agosto de 2015

4 discos para conhecer: Thrash Metal da Bay Area




Surgido no começo dos anos 80 (mas especificamente em 1983 com os lançamentos do Kill Em’ All do Metallica e Show do Mercy do Slayer) o thrash metal é um dos movimentos mais apaixonantes do heavy metal, conquistando uma base de fãs fieis durante muitos anos. Marcado como uma evolução natural do estilo, com a junção da NWOBHM e o hardcore punk..  

Trazendo o metal  de volta as suas origens mais básicas e extremas. Saindo um pouco do clima fantasioso que muitas bandas tinham na época, principalmente das bandas farofa/glams, que dominavam a cena de Los Angeles.Fora com as calças coloridas, roupas espalhafatosas e maquiagem e entraram os jeans sujos e clima das ruas.

Apesar de possuir muitos pólos onde ficou famoso (como em NY, ou a cena alemã).  Foi na cidade de São Francisco que ele ficou mais forte.  A chamada Bay Area foi o refugio de muitas bandas e pessoas ligadas ao movimento que não entendiam/se encaixavam a todo glamour que acontecia em LA.

Gostaria de listar agora, quatro álbuns de quatro bandas diferentes para que você possa conhecer melhor o estilo. O objetivo do texto é dar uma olhada básica e rápida sobre o movimento. Não querendo me aprofundar muito. Se curtir algum dos álbuns listados, sugiro que procure mais sobre o movimento de ótimas bandas como Heathen, Forbidden, Death Angel,  etc. Bom divertimento!
Vamos a eles

Metallica – Ride The Lighting (1984)
Não podemos falar do estilo sem citar um dos seus criadores. Mesmo com toda a polemica gerada pela banda durantes os anos,  é impossível negar que eles fizeram alguns dos álbuns mais legais do estilo durante os anos 80. Aqui nesse segundo registro temos a banda dando um passo além, se mostrando mais madura. Porem, sem deixar o lado agressivo e pesado de lado. Esqueça a banda cover deles mesmo que viraram hoje em dia e escute logo essa maravilha.
Gostou?escute também: Kill Em’ All



Exodus – Bonded By Blood (1985)
Talvez um dos discos que mais definiu o estilo. Principalmente pela sua sonoridade totalmente ríspida e agressiva. Mesmo sendo debut da banda, podemos ver que eram músicos de extremo bom gosto e criatividade na hora de criar a pancada sonora existente aqui. Único registro em estúdio do lendário vocalista Paul Barloff (RIP), aqui temos o nascimento de uma das maiores duplas de guitarristas do estilo, Gary Holt, que hoje toca no Slayer, e Rick Hunolt.
Gostou? Escute também: Tempo of the Dammed



Vio-Lence – Eternal Nightmare (1988)
Uma banda que pode não ter chegado no nível de popularidade das outras, mas que certamente mereço um reconhecimento e o culto que possui é o Vio-Lence. Como o nome diz, o som dos caras é uma verdadeira violência sonora. Mas bem executada e técnica. Você pode até estranhar no começo os vocais de Sean Killian. Porem, ainda hoje é espetacular o trabalho de guitarra de Robb Flynn e Phil Demmel, parceiros atualmente no Machine Head.
Gostou? Escute também: Oppresing The Masses.




Testament – The Legacy (1987)
Certamente uma das bandas que mais soube utilizar a extrema técnica e criatividade dos seus músicos (não é qualquer banda que tem um monstro Alex Skolnick nas guitarras). O Testament pode parecer mais ingênuo nesse primeiro álbum da carreira. Porem, foi aqui que podemos ver um dos ataques sonoros mais urgentes e sinceros que surgiram no estilo. A banda pode ter melhorado com o tempo, mas pouca coisa me marcou como esse aqui.
Gostou?Escute também: The New Order



quarta-feira, 11 de março de 2015

5 filmes para conhecer: terror italiano

O horror italiano viveu sua época de outro durante os anos 60 até começo dos 90. Foi nesse período que grandes clássicos que continuam influenciado gerações foram lançados. Gostaria aqui de listar apenas cinco filmes essenciais para que você entre no maravilhoso mundo do cinema de terror italiano. Não quero de maneira nenhuma resumir o gênero a apenas cinco filmes e muita coisa boa ficou de fora. Quero apenas dar uma rápida e boa sugestão para quem quer começar a conhecer essa apaixonante e apavorante filão. Boa diversão! 

P.S: Escolhi apenas filmes disponíveis em vídeo no Brasil.


1 – Terror nas Trevas (...E Tu Vivrai Nel Terrore! L'aldilà, 1981, Direção: Lucio Fulci)
Se você quer entender o impacto que o diretor Lucio Fulci teve para todo o gênero de terror em geral, principalmente o gore, recomendo fortemente assistir esse filme aqui. Lançado em 1981, o influente filme inexplicavelmente estava inédito em DVD no Brasil. Até ser lançado esse ano pela Versátil num ótimo box com outras perolas do terror. Esqueça os furos do roteiro (que são maiores que os furos na cabeça dos zumbis) e embarque nessa viagem cheia de sangue, visual, e aranhas carnívoras.
Gostou? Veja também: Zombie – A volta dos mortos.



2 –  Lisa e o Diabo ( Lisa e Il Diavolo, 1974, Direção: Mario Bava)
Falar de Mario Bava é como falar de uma instituição do cinema de fantasia e terror gótico italiano. Referenciado como mestre e influencia para muitos outros que vieram depois, inclusive fora da Itália. Seus filmes tinham um visual e estilo único, e escolher apenas um é uma tarefa difícil, porem meu favorito até o momento é essa perola aqui. Assista e descubra o porquê Bava era um diretor único.
Gostou? Veja também: A Mascara de Satã.



3 – Phenomena (Phenomena, 1985, Direção: Dario Argento)
Junto com Mario Bava, Dario Argento deve ser o diretor italiano mais influente e conhecido de todos os tempos. O cara que praticamente popularizou o giallo (suspense italiano) e fez dele um gênero solido. Esse aqui pode não ser seu trabalho mais famoso ou influente, mas é muito querido por mim e representativo na carreira dele. Perfeito para uma noite de sábado.
Gostou? Veja também: Suspiria



4 – Demons – Filhos das Trevas ( Demoni, 1985 , Direção: Lamberto Bava
Lamberto Bava é filho de Mario Bava, e assim com o pai se aventurou pelo mundo do cinema. Seu grande clássico e filme mais lembrado é esse aqui. Com muita escatologia e cenas exageradas passadas num cinema, é diversão pura para todos. O filme respira anos 80, principalmente pela trilha sonora, embalada num bom hard rock e heavy metal
Gostou? Veja também: Demons 2 – Eles Voltaram 



5 – Pelo Amor E Pela Morte ( DellaMorte DellaMore, 1993,Direção: Michele Soavi)
Lançado no final da era de outro do cinema italiano de gênero. Essa bizarra e única perola é talvez o ultimo grande clássico do cinema de horror vindo do país da bota. Um filme de zumbis realmente diferente que pode fazer sua cabeça explodir. Seja pelo humor negro, pela violência ou pelos seus carismáticos (e malucos) personagens.

Gostou? Veja também: A Catedral 




Coisas que eu quero ver nos novos Star Wars

1 – Sabres de Luz ao modo velho.

Uma das marcas mais lembradas pelos fãs é o sabre de luz. Arma usada por ambos Jedis e Siths que consiste basicamente numa espada laser. O legal na trilogia clássica era que havia toda uma expectativa para eles aparecerem, e consequentemente suas batalhas. Podem argumentar que com as prequels as lutas ficaram melhores para alguns. Melhor coreografadas, mas mais exageradas.
As lutas dos filmes clássicos podem parecer mais simples, mas eram melhor construídas, toda a expectativa delas finalmente acontecerem, e o desenrolar delas que fazem elas serem tão esperadas. Poucos momentos são mais tensos que a luta de Luke contra Vader no final do Império Contra Ataca.
O que quero dizer é que menos é mais. Mais tensão para criar uma cena é melhor do que joga-la para o publico na cara a todo instante. Por isso, menos pulos e cambalhotas, mais tensão.

2 – Luke, Leia, Han e Cia da trilogia clássica darem lugar a novos personagens.

Me dói no coração falar isso e tive que pensar muito antes de escrever essas palavras. Mas por mais que eu ame esses personagens e tenha crescido com eles, eu realmente gostaria que eles passassem a bandeira para outros novos personagens.
Pense bem, toda historia precisa de continuidade. Luke treinando um novo aprendiz seria algo que traria novos horizontes para a saga e pareceria uma decisão lógica a se seguir, ou Han e Leia com filhos por exemplo.
Não estou falando necessariamente que esses personagens precisam morrem em certo ponto dos filmes para dar lugar a outros. Só estou dizendo que não precisam vender a nova trilogia baseada em velhos rostos.

3 – E que os novos personagens sejam realmente interessantes.

Se é pra seguir novos rostos que eles sejam pelo menos cativantes e nos façam querer acompanhar sua jornada. Tanto do lado dos heróis como dos vilões. Uma das coisas que mais cativa as pessoas pela trilogia clássica além do visual e estilo dos personagens, é seu carisma e personalidade visto na tela. Chega de personagens unidimensionais que de bom só tem a aparência e uma ou outra frase de efeito.

4 – Menos efeitos, mais roteiro.

Logicamente um filme como Star Wars, principalmente hoje em dia, se baseia muito nos efeitos especiais. Não estou pedindo para fazer tudo como foi feito antigamente ou não usar nenhum efeito especial, eu até gosto de ver eles na tela, principalmente os efeitos práticos feitos antigamente. Porém, isso não deve estar acima de um bom roteiro. Star Wars é uma aula de como misturar dramas, pessoais e políticas, com ação envolta de efeitos de primeira linha. Que isso continue nesses novos filmes.

5 – R2D2 e C3P0 como personagens recorrentes.


Isso é apenas para manter a continuidade da saga. Os dois simpáticos androides são os únicos personagens a aparecerem em todos os filmes, prequels ou originais. Só isso.